No dia 17 de julho de 2007, o voo 3054 da TAM Airlines estava programado para partir de Porto Alegre com destino a São Paulo. Ao pousar no aeroporto de Congonhas, o avião não conseguiu parar na pista molhada e se chocou contra um prédio da própria empresa, duas horas após o fechamento do aeroporto. Todos os 187 passageiros e tripulantes a bordo do avião morreram, além de outras 12 pessoas em solo.

A investigação do acidente apontou diversas falhas na segurança das operações aéreas no Brasil. Entre elas, a falta de uma área de escape no final da pista, a ausência de um sistema de drenagem adequado para a chuva, a falta de sinalização clara sobre as condições de operação da pista, e a deficiência do sistema de freio do avião da TAM.

A investigação também revelou problemas na gestão da TAM, como a falta de treinamento adequado dos pilotos para lidar com a situação emergencial, e a coordenação inadequada entre a tripulação e a torre de controle do aeroporto.

Após o acidente, o setor de aviação civil no Brasil passou por uma série de mudanças regulatórias para garantir a segurança das operações aéreas. Entre elas, a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que passou a fiscalizar as empresas aéreas com mais rigor, a proibição do uso de aeroportos com pistas menores que 1.800 metros para os aviões A320, o modelo envolvido no acidente da TAM, e a exigência de um programa de treinamento anual para as tripulações.

O acidente do voo 3054 da TAM Airlines foi um marco na história da aviação brasileira, que levou a mudanças significativas na regulamentação do setor para garantir a segurança das operações aéreas no país.